Se tem uma série que ganhou muito destaque ultimamente entre os viciados em séries, ela se chama Sense8.
A série dos irmão Wachowski (aqueles do Matrix) é original do Netflix, e tem 12 episódios na primeira temporada (todos já disponíveis). E o sucesso foi tanto que já foi confirmada a segunda temporada para o ano que vem!
A história, de forma simplificada, é a seguinte: um grupo de oito pessoas de diversas partes dos mundo, e que nunca se viram antes, de repente estão conectadas. Eles dividem pensamentos, gostos, sentimentos e ações. Nenhum deles entende muito bem o que está acontecendo e vão atrás de respostas, até que descobrem que uma organização secreta está em busca deles.
Eu não vou soltar spoilers pra quem não viu ainda, mas resolvi fazer uma lista do porquê você deve assistir Sense8. Então vem comigo!
História original e envolvente
Sinceramente, nunca vi nenhuma série sequer parecida com essa premissa do Sense8 – 8 pessoas do mundo todo que são ligadas de alguma forma.
Achei meio louca no começo, e nos dois primeiros episódios achei até “diferente demais”. Mas um diferente envolvente, intrigante, emocionante. Eu sou uma pessoa que não gosta do “mais do mesmo”, então algo que mostrou uma história compeltamente inovadora pra mim chamou muito minha atenção
Você aprende que existe algo além do seu mundo
Essa é uma das coisas que mais gostei: as pessoas se dão conta de que existe muita coisa além do mundinho que elas estão acostumadas a viver. E isso vale para todos os sentidos – do país, da cultura, do jeito de viver mesmo.
É engraçado você ver que as aparências realmente enganam, e a gente não sabe o que outra pessoa passa até realmente estar no lugar dela. Acho esse lado explorado em Sense8 muito bom!
Diversidade em todas as suas vertentes
Em um mundo cheio de pudores e preconceitos, ver uma diversidade tão grande em uma série que atinge centenas de milhares de pessoas é no mínimo interessante.
Não vamos nem falar só da diversidade étnica dos personagens (que são de vários países diferentes), mas também do estilo de vida e das orientações de cada um deles. Tem o ator gay, tem a menina que tentou cometer suicídio, tem a transex que namora uma menina, tem o cara que sempre foi mau a vida inteira. Tem de tudo um pouco.
Você vai viajar
Essa afirmativa vale para todos os sentidos possíveis e imaginários.
Ela vale tanto para as locações, que são lindas e tão realistas que te fazem se sentir ali dentro. Ela vale também para o sentido viajar no psicológico, porque você não vai acreditar nas voltas que a vida dá nessa série.
Ao final de cada episódio você vai estar criando tantas teorias e possibilidades que você mesmo vai se surpreender. Eu fiquei imaginando como seria ter mais sete pessoas conectadas comigo (olha a viagem!).
Todo mundo tem um lado bom e um lado ruim.
Hoje em dia todo mundo é taxado de bom ou ruim. Só que em 95% dos casos a pessoa não é só um ou só outro.
Você já parou para se perguntar qual é seu lado? E qual lado as pessoas vêem de você? Ou você já parou para pensar que você tomou determinado rumo por causa de algo impactante que aconteceu na sua vida? Alguns personagens tomaram determinados caminhos pelo ponto de impacto que atingiu a vida deles, mas não significa que são só bons ou só ruins.
E isso vale para mim, para você e para todo mundo.
A fotografia é linda.
São vários países representados: EUA, Inglaterra, Coréia do Sul, Islândia, Quênia, Alemanha, Índia e México. Em cada uma das locações, são mostradas as cidades de uma forma incrivelmente linda e cheia de vida.
A cena da Riley nas montanhas geladas da Islândia, ou da Kala durante o festival na Índia ou ainda da Nomi e da Amanita durante a parada gay de São Francisco levam todos os espectadores para dentro daquela experiência. Achei isso animal!
Eu já queria visitar a Islândia, e depois de Sense8 quero visitar muito mais.
Todo mundo tem problemas. É sério.
Em um mundo onde tudo é perfeito em redes sociais e onde a aparência conta muito mais do que qualquer outra coisa, é bom tomar uns tapas na cara de uma série.
As pessoas hoje em dia estão tão preocupadas em manter uma pose que faz todo mundo pensar que a vida delas é perfeita. Mas todo mundo tem seus dias (ou fases) ruins. E muitas vezes por problemas de aceitação de quem insiste em manter a barreira da aparência.
Uma frase que a Nomi (a transex) conta em um dos melhores episódios da série martelou horrores na minha cabeça: “… a real violência, a violência que eu percebi que era imperdoável é a que fazemos a nós mesmos quando temos muito medo de sermos quem realmente somos.” . Alguém mais sentiu o tapa na cara?
Eu terminei de assistir os episódios e fiquei pensando muito em todos os pontos de vista humanos que ela deu, algo que todos nós podemos pensar e refletir. Tem gente que com certeza não pensou em nada disso, mas tá valendo também! ahaha
O Dre até comentou na hora “imagina o quanto de Lana Wachowski (co-criadora) não tem nessa série? De todos os problemas e situações que ele passou até mudar de sexo, e depois de mudar de sexo também?”. Pois é. Imagina?
Eu estou esperando ansiosa pela segunda temporada, que vem só em 2016! Enquanto isso eu vou dando risada com a página Sense8 da Depressão – e que não recomendo se você não viu ainda todos os episódios!
Quem aí já assistiu a série?
Beijos!
Imagens: reprodução