Desde segunda meu Facebook tá bombando de notificações de pessoas marcando sobre os dez anos desde a confirmação que mudaria nossas vidas: o “sim da Disney”, dizendo que nós fomos selecionados para trabalhar por lá. O meu “sim” veio em 16 de setembro de 2005, quando eu recebi o e-mail que mudaria a minha vida para sempre:
Eu já falei aqui algumas vezes vezes sobre como essa experiência mudou a minha vida (aqui e aqui), mas só quem passou por essa experiência sabe o que é isso. Eu ainda chamo a Disney de casa, e toda vez que vou para lá eu choro e me emociono como se fosse a primeira.
Hoje, relendo o meu blog de 10 anos atrás, eu me dou conta de que a Disney foi muito mais do que uma viagem de intercâmbio no lugar mais mágico do mundo. Foi a minha primeira grande noção de realidade, foi o primeiro tapa na cara de verdade que tomei. Foi meu primeiro grande objetivo, minha primeira grande expectativa. Foi a primeira vez que finalmente me dei conta que meus pais não podiam realizar os meus sonhos, porque nem tudo dependia deles.
Nos seis meses entre a primeira entrevista e o embarque, passei por diversos estágios. Eu fiquei na euforia, na ansiedade, na angústia, na felicidade, nas lágrimas, na esperança (e na falta dela também), no alívio. Por vezes eu parecia bipolar. Foi difícil lidar com tantos sentimentos contraditórios ao mesmo tempo enquanto ainda tinha que fazer faculdade e trabalhar. E muitas noites, que já eram curtas e deveriam ser de sono, foram em claro.
Eu dormia Disney, só falava Disney, só sonhava Disney. E que menina com vinte anos e cheia de sonhos não o faria? Ir para a Disney sempre tinha sido um dos meus maiores sonhos, e ter o privilégio de passar lá dez semanas, vivenciando toda aquela bolha de felicidade foi uma das melhores experiências que já pude ter na vida.
Se eu já era apaixonada pela Disney, voltei um milhão de vezes pior. Porque a Disney não me ensinou só a magia de seus filmes e desenhos, mas me ensinou também o lado corporativo de uma das maiores empresas do mundo, onde o cliente é mais do que uma parte do processo, mas sim uma parte fundamental. Me ensinou também que amigos realmente são a família que nós escolhemos, porque nas horas mais difíceis (sim, a solidão aperta!) eles quem estão do nosso lado e nos fazem sentir bem.
A expressão DPD, ou Depressão Pós Disney, fomos nós quem a criamos, e a utilizamos com uma frequência que só não é maior porque a família Disney é grande e é unida. Estamos espalhados por vários lugares desse país, e alguns até mesmo fora daqui, mas continuamos pertinho como se ainda fôssemos vizinhos. E toda vez que a gente se reencontra a gente se trata como se o tempo não tivesse passado.
Dez anos passaram voando, e essa com certeza continua sendo a experiência que mudou nossas vidas. Eu indico essa experiência para todo mundo que tem essa oportunidade. É demais! Quem já foi pode concordar 🙂
Se eu pudesse eu voltaria correndo! E você, gostaria de trabalhar por lá?
Beijos!
4 Comentários
Experiencia mais do que perfeita! Saudades!
Muita, muita e muita saudade <3
Experiencia mais do que perfeita! Saudades!
Muita, muita e muita saudade <3