Pois é! Eu estive apaixonada por Buenos Aires desde o primeiro momento que pisei no centro da cidade, que em si, não tem nada demais, se não fosse por uma coisa – o ar de primeiro mundo que ele tem. Por incrivel que isso possa parecer, Buenos Aires tem mesmo uma cara de Europa. Poderia ser alguma cidade do leste europeu, ou até mesmo da Itália – talvez pela grande quantidade de descendentes italianos.
O barato de estar na Argentina vai além do fator monetário (realmente é barato para a gente tá na Argentina, já que 1 real vale 1,90 pesos), vai pelo fator de ver pessoas diferentes, com pensamentos e culturas diferentes. As pessoas não falam que são argentina, falam que são ítalo-argentinas. A guarnição de uma refeição com carne, ou é batata-frita, ou é uma sala pobre de alface. Acho que é um dos únicos países do mundo onde a água custa 50% mais caro que a cerveja – e uma das únicas coisas que custam mais caro que no Brasil.
O legal de estar na Argentina é andar. Por incrivel que possa parecer uma pessoa como eu, que não gosta nada de andar, andar é ótimo. Você anda 4, 5 kilômetros e não sente nada. Você para, anda , olha umas lojas, entra em uma, compra algo em outra… Quando você olha no relógio, já passou, há muito tempo, a hora do almoço e você nem sentiu fome.
Pára pra comer algo, demora mais uma hora, e começa sua processo de caminhada… Chega de volta no seu quarto e já é noite. Tempo de você comer alguma coisinha rápida, tomar um bom banho e cama. Sim, cama, porque à meia noite você tem que acordar, pra uma da manhã pegar o taxi que provavelmente vai te deixar em Palermo ou Madero. De lá você sai lá pelas sete, dorme um pouquinho e tá pronta pra passear de novo…
Ainda bem que tô indo pra lá logo!
Me dá uma saudade toda vez que vejo uma foto de um vizinho meu, como o Congresso, que eu via da janela de casa…