Coisas que Sailor Moon me Ensinou – e Todo Mundo Deveria Aprender

Se você é uma garota que teve infância/adolescência nos anos 90 sabe que Sailor Moon é uma parte importante da sua formação. Em um mundo tomado por super-heróis tinham várias guerreiras mágicas que tinham como destino defender a paz junto das amigas. E cada uma tinha um super poder!

Só que Sailor Moon não era um desenho só de lutinhas com mulheres. Ele traduziu muito a essência do Girl Power! Foi uma das primeiras séries a tratar de empoderamento feminino há vinte anos atrás, quando essa expressão nem estava na moda.

E a série ensinou tanto à mim e às minhas amigas que eu resolvi fazer um post com tudo que Sailor Moon me ensinou – e que você também deveria aprender.

Somos mais poderosas do que pensamos

Quem nunca teve aquele dia onde se sentiu o cocô do cavalo do bandido? Todo mundo tem esses dias. É normal – mesmo que você ache que para aquela pessoa que tem tudo na vida não tem seus dias de deprê.

Só que a gente é mais forte do que pensa. A gente começa uma vida toda tendo situações a serem superadas. Começa quando criança, quando a gente não ganha o presente que queria de aniversário ou natal. Na adolescência sofremos por amor e achamos que nenhuma dor vai superar aquela. Ai na fase da faculdade você acha que nunca vai conseguir se formar por ter que estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Na fase adulta a gente morre quando é demitido ou quando toma um senhor pé na bunda, e acha que nunca mais vai conseguir se reerguer. Mas, olha só, você está aí firme e forte!

A inveja pode ser sua ruína

Sailor Moon mostra uma série de batalhas que aconteceram por causa de inveja. Inveja pelo relacionamento da Princesa Serenity com Príncipe Endymion, inveja pelo poder do Cristal de Prata. Nessa batalhas muitas lágrimas foram derrubadas e muitas vidas destruídas. E muitas pessoas se transformaram também – como esquecer quando a Chibiusa vira a Black Lady por pura inveja da Usagi?

Sentir vontade de alguma coisa que outra pessoa tem é até normal do ser humano, mas cuidado para que isso não se torne uma grande inveja e te consuma por completo.

Menina pode se apaixonar por menina sim

O principal casal da trama é a Usagi e o Mamoru (Serena e Darien), mas logo atrás vem a Haruka e a Michiru.

Na série clássica o relacionamento era subentendido (eu no alto dos meus 11 anos e nenhuma experiência de vida sabia que elas se amavam), mas em Sailor Moon Crystal não tem nada escondido de ninguém. Rola abraço, rola olhar, rola beijo.

Inclusive a música de encerramento é só da Haruka e da Michiru (veja aqui com letras em inglês).

Homem? Mulher? Para que se importar com rótulos?

A Haruka é mulher, mas quase sempre se vestia com roupas de homem – incluindo o uniforme escolar. Em pleno século XXI isso realmente deveria ser decisivo na vida de terceiros?

No episódio 31 da nova série, a Sailor Moon Crystal, a Usagi/Serena pergunta para a Haruka se ela é mulher ou homem. E a resposta é incrível!

É mesmo tão importante se eu for homem ou mulher?

Ninguém é feliz sozinho

Se tem uma coisa que Sailor Moon sempre jogou na nossa cara é que a gente nunca vai conseguir ser feliz sozinho. E por sozinho não digo sem um grande amor, mas digo sozinho sem amigos, sem família.

A Usagi/Serena por várias vezes estava prestes a perder a fé, e ela provavelmente o faria se estivesse sozinha, mas as amigas estavam todas lá para dar todo o apoio que ela precisava. E amizade é isso, gente, é estar com a pessoa nas horas boas e ruins.

Não julgue o livro pela capa

No decorrer da série, aparece uma nova guardiã, a Sailor Saturno (que é minha preferida! ♥). Acontece que ela é tida como a guardiã da destruição, já que o símbolo dela representa uma lápide e a arma dela é uma foice, e com isso algumas guerreiras falavam que tinham que eliminá-la antes que ela causasse mais destruição.

Só que adivinhem qual o poder dela? A cura! Ou seja, ela tinha o estigma de ser a destruição, quando na verdade poderia ser a salvação. Com isso aprendemos a nunca mais julgar o livro pela capa.

Todo mundo tem um lado bom e um lado ruim

Essa máxima que a gente está acostumada, de categorizar as pessoas em “boas” e “más” não existe. Todo mundo tem um lado bom e um lado ruim, ninguém é necessariamente um só deles.

A Hotaru nos mostra isso: ela era uma pessoa boa que poderia curar e trazer a salvação, mas ela também era ruim e poderia trazer a destruição. Tudo bem que isso se trata de planetas e humanidade, mas traz para o seu dia-a-dia: você é só boazinha ou só má o tempo inteiro, ou isso vai variando de acordo com a situação?

Eu poderia montar uma lista imensa de coisas, mas acho que essa é a lista dos principais, né? E o engraçado é que muita coisa começa a fazer sentido depois que a gente cresce. Ainda bem que temos uma nova série de Sailor Moon para relembrar todo nosso Girl Power, não?

E para você, o que Sailor Moon ensinou? Se você ainda não tinha aprendido isso com Sailor Moon, agora está aí sua boa chance 🙂

Beijos!