Italianando: Começando Pelo Começo – Os Primeiros Passos

por Daniele Polis
Italianando

Hora de começar a correr MESMO atrás do sonho da cidadania italiana! Já trintei, já casei, daqui a pouco já vou ter filhos. Então está na hora de parar de procrastinar algo que eu sei que vai ser difícil e que pode me abrir muitas portas no futuro – ainda mais com a situação econômica e social desse Brasil.  

Como disse no ultimo post da série Italianando, resolvemos levar essa história de cidadania efetivamente a sério. Então ante a burocracia gigante, vem a pergunta que gera medo/ansiedade/pânico: Por onde começar?

Aqui eu vou relatar a minha experiência até agora, lembrando que não sou nenhuma expert em reconhecimento de cidadania, e estou indo atrás da minha, como muita gente. Então vamos lá tentar organizar tudo e ver como começar a história:

1º Passo: Você Tem Direito?

Não preciso nem dizer que este é o passo mais importante, né? Você tem que saber se você tem direito à cidadania para então correr atrás do resto.

Como disse o Fábio, do site Minha Saga: é considerado italiano todo filho de italiano. Ou seja, se seu pai ou sou bisavô for italiano, não interessa – você é filho de italiano.

Outro detalhe importante: não há limite de gerações para a cidadania italiana. Pode ser seu pai ou seu trisavô o italiano, você continua tendo direito. Claro que quanto mais no passado, mais difícil você conseguir toda a documentação, mas não é impossível.

2º Passo: Pesquisa. Muita pesquisa.

Acho que esse é um dos verbos que mais será conjugado nesse processo todo.

Algumas pessoas tem a sorte de já ter tudo em mais, porque o avô italiano está vivo ou porque algum parente já fez é parte da documentação já está pronta. Aqui com a gente não é o caso, tivemos que começar do zero.

Se você também vai ter que pesquisar, comece de você para seus antepassados até chegar no seu antenato italiano. É o caminho mais fácil, porque a cada certidão de nascimento tem o nome dos pais, então você consegue achar com mais facilidade.

Em breve vou falar mais sobre a documentação.

3º Passo: Tradução e Regularização dos Documentos.

Sabe todos os documentos que você juntou no passo acima? Se prepare para ter que traduzir todos para o idioma italiano.

A única tradução válida é a juramentada, por tradutores reconhecidos pela Junta Comercial. E claro que cada tradução feita custa um valor, o que significa abrir o bolso também.

4º Passo: Decidir Onde Fazer – Brasil ou Itália.

Uma das partes que mais pesa, por motivos bem simples. Em São Paulo a espera está em cerca de doze anos até você ter a cidadania reconhecida. Na Itália geralmente sai em até três meses. Uma diferença gritante de tempo.

O problema é que na Itália é muito mais custoso, porque você tem que se deslocar até lá, morar lá por três meses, e tudo isso com o dólar e o euro com a cotação que estão tornam o processo um pouco mais difícil para quem é simples mortal como eu e boa parte da população brasileira. Isso se você não contratar o serviço de um assessor para te ajudar nesta empreitada, e eles cobram na casa dos milhares de euros…

mala-estrada

Muitas decisões, né? E muitas dúvidas também no meio do caminho, não tem como. Sugiro que você baixe e leia o Sagabook, que tem muitas informações.

Eu sei bem que esse caminho é tortuoso e cheio de surpresas (nem sempre boas!). Estou no segundo passo, que eu penso ser o mais difícil, ainda mais quando os seus antenatos italianos que poderiam te ajudar na busca estão todos mortos. Então é contar com ajuda, um pouco de sorte e muita garra para continuar fazendo tudo. O bom é que enquanto pesquiso consigo juntar mais dinheiro e chorar menos na hora de mandar traduzir tudo! Ahaha

No final tenho certeza que vai valer a pena. 🙂

Alguém ai com uma boa dica para passar? Estou aceitando! Ahahah

Beijos.

Imagem: imgarcade

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